A campanha eleitoral em Matinhos ganhou um novo e alarmante capítulo na manhã desta quarta-feira (2). A Polícia Federal, em uma operação coordenada com a Justiça Eleitoral, cumpriu mandados de busca e apreensão em dois supermercados ligados ao candidato Eduardo Dalmora (PL). A ação investigou uma denúncia grave: a distribuição de materiais de campanha – santinhos, panfletos e jornais – dentro de estabelecimentos comerciais de sua propriedade, prática que fere diretamente a legislação eleitoral.
Propaganda Ilegal: Um Crime Eleitoral Claríssimo
Os supermercados Maresia e Super Mar, ambos localizados no município de Matinhos e de propriedade de Dalmora, foram flagrados com materiais de campanha espalhados pelos corredores. A denúncia, feita pela coligação "A Liberdade Continua com Amor e Progresso", revela o que parece ser uma estratégia descarada de manipulação do processo eleitoral. Vídeos entregues à Justiça Eleitoral mostram a distribuição dos materiais de campanha dentro dos estabelecimentos, configurando uma clara infração à lei eleitoral, que proíbe a veiculação de propaganda em bens de uso comum.
Essa é mais uma demonstração da velha política que Dalmora representa. O uso de supermercados, locais frequentados por centenas de eleitores todos os dias, para promover sua candidatura, mostra o desespero de uma campanha que, cada vez mais, se afunda em práticas questionáveis. Ao agir dessa forma, o candidato coloca em cheque a equidade do processo eleitoral e tenta, de maneira sorrateira, influenciar a opinião pública em um ambiente que deveria ser neutro.
Eduardo Dalmora e a Crônica dos Escândalos
Este episódio só se soma à já longa lista de controvérsias envolvendo Eduardo Dalmora. Não podemos esquecer que ele ainda responde por homicídio culposo devido à tragédia que resultou na morte de três funcionárias em um supermercado inaugurado sem alvará. Agora, Dalmora se vê no centro de mais um escândalo, o que nos leva a questionar: que tipo de liderança ele realmente representa para Matinhos?
A utilização de um bem de uso comum para propaganda eleitoral irregular já é, por si só, um crime grave. No entanto, devemos ir além. Dalmora e sua equipe parecem dispostos a passar por cima de qualquer regra para garantir a vitória nas urnas. Seria essa uma tentativa de compra de votos disfarçada? Ao distribuir materiais de campanha dentro de seus estabelecimentos, ele estaria, de forma indireta, condicionando o voto dos eleitores ao criar uma atmosfera favorável dentro de seus próprios negócios?
Suspeitas de Compra de Votos e Abuso de Poder Econômico
A prática de utilizar bens de uso comum – como supermercados – para promover uma candidatura levanta um forte indício de abuso de poder econômico. Sabemos que o contato diário com os eleitores, em ambientes tão cruciais como supermercados, pode gerar uma influência indevida, corrompendo a livre escolha do voto. Se Dalmora está disposto a desrespeitar a legislação de forma tão aberta, o que mais ele estaria disposto a fazer para se eleger?
A Justiça Eleitoral, ao determinar a busca e apreensão dos materiais de campanha, deixou claro que essa infração não pode ser ignorada. Além de uma multa diária de R$ 2.000 para cada dia de infração, a coligação de Dalmora foi notificada a cessar imediatamente a distribuição de propaganda nos estabelecimentos. Porém, a questão que fica no ar é: essas infrações são apenas a ponta do iceberg? Estaríamos diante de uma campanha movida por práticas ilícitas e antiéticas?
Uma Campanha Marcada por Irregularidades
Com Eduardo Dalmora, o histórico de irregularidades e suspeitas parece nunca ter fim. Desde a tragédia em seu supermercado até as denúncias de propaganda ilegal, fica cada vez mais evidente que o candidato age acima da lei. Essa sequência de escândalos sugere uma tentativa desesperada de recuperar o poder a qualquer custo, mesmo que isso signifique atropelar a legislação e desrespeitar o eleitorado de Matinhos.
Enquanto a Justiça Eleitoral segue investigando o caso, é crucial que os eleitores reflitam sobre o tipo de liderança que desejam para o futuro de Matinhos. A cidade precisa de renovação, honestidade e compromisso com o bem público – valores que, até o momento, parecem estar ausentes na campanha de Eduardo Dalmora.
O Futuro de Matinhos em Jogo
A campanha de Dalmora, cada vez mais envolta em suspeitas e acusações, coloca em risco a integridade do processo eleitoral. Não se trata apenas de uma questão de propaganda ilegal, mas de algo muito maior: a confiança do eleitorado está sendo traída. Matinhos merece mais do que isso. A Justiça Eleitoral, ao atuar com rigor, demonstra que não tolerará abusos, mas cabe ao eleitor garantir que esse tipo de política não prevaleça.
Chegou a hora de Matinhos dizer não à velha política das irregularidades e abraçar um futuro de transparência e respeito ao eleitor.
Fonte: JB Litoral