Área que serviu de lixão nos anos 90 do Parque Rio da Onça em Matinhos continua a afugentar pequenos mamíferos, revela estudo da UFPR

 

Na região litorânea do Paraná, os animais continuam a enfrentar desafios para se adaptarem a um ambiente degradado, sendo abrigados em uma área protegida pelo estado desde 1981.

Um estudo conduzido pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) revelou que uma área no Parque Estadual Rio da Onça, localizada em Matinhos, município do litoral do Paraná, continua sendo evitada por pequenos mamíferos mesmo décadas após ter sido utilizado como um lixão até meados dos anos 1990.

Após aproximadamente três décadas, os depósitos irregulares de plástico, isopor e outros itens ainda estão presentes entre a vegetação e o solo da Mata Atlântica, um dos biomas mais afetados pelas ações humanas no Brasil. Muitos desses resíduos encontram-se emaranhados com folhas e raízes, criando um ambiente desafiador para os mamíferos locais.

As conclusões do estudo, publicado na revista Ecología Austral, surgiram após uma comparação minuciosa do comportamento das populações de mamíferos em áreas de floresta original, mata regenerada e áreas degradadas devido à presença de lixo, de acordo com informações da Revista Ciência UFPR.

Os pesquisadores enfatizam que os pequenos mamíferos são excelentes indicadores da saúde dos ambientes naturais, pois sua presença ou ausência pode apontar para a oferta de alimentos e locais de abrigo. Além disso, esses animais desempenham papéis cruciais como espalhadores de sementes e controladores de pragas, tornando sua presença fundamental para a manutenção do ecossistema.

Esse estudo ressalta a importância de ações efetivas para lidar com resíduos sólidos, não apenas para a preservação da biodiversidade, mas também para garantir ambientes naturais saudáveis e equilibrados para as futuras gerações.

 Fonte: OECO