Um decreto
publicado pela prefeitura de Matinhos, no litoral do Paraná, deixou os
moradores da cidade preocupados. No documento, a prefeito, Ruy Hauer Reichert
declarou “situação de emergência em Saúde Pública no município, em razão de
surto de febre amarela”. O cenário
seria de fato alarmante, mas nunca aconteceu, segundo a assessoria de
comunicação do município.
No decreto
de número 60 de 2019, que a CBN Curitiba
localizou na íntegra via portal da prefeitura, dá-se a entender que há inúmeros
casos confirmados de febre amarela na cidade, o que não é verdade.
Por esse
motivo a prefeitura revogou o decreto. O secretário de saúde, Claudir Lourenço,
pediu desculpas à população pelo susto e disse que não há casos da doença por
lá. Segundo ele o decreto foi feito para que as unidades básicas ficassem
abertas por mais tempo, para que os moradores pudessem tomar a dose da vacina.
A errata
diz que o decreto foi revogado “em razão da Secretaria Municipal de Saúde já
estar executando o plano de ação para atingir o maior número de usuários
imunizados referente a vacinação da febre amarela, sendo assim não há motivos
para continuar a situação de emergência no município”.
O novo
decreto estabelece ainda que “para a completa efetivação da cobertura
populacional” as unidades básicas de saúde continuarão atendendo a população
das 7h às 19h, de segunda à sexta-feira, “até que a secretaria atinja a meta
estabelecida no Plano de Ação”.
A
Secretaria de Estado da Saúde confirmou, no dia 25 de janeiro, que o vírus da
febre amarela circula no Paraná. Exames apontaram que que três macacos, que
foram encontrados mortos em Antonina, também no litoral, estavam com a
doença.
Quatro dias depois a pasta confirmou o primeiro caso de febre amarela
no estado desde 2015. Segundo a secretaria, um jovem de 21 anos morador
de Antonina, está infectado com a doença. A cidade decretou estado de emergência inclusive. Vacinação
Precisam ser vacinadas todas as pessoas entre nove meses e 59 anos,
onze meses e 29 dias, que nunca tomaram nenhuma dose da vacina. A
imunização para pessoas acima dos 60 anos de idade requer avaliação
médica. Se você já tomou a vacina em algum momento da vida, não precisa
tomar de novo. Na dúvida, procure o posto mais próximo e previna-se
contra a doença. Repórter Lucian Pichetti